Afinal você sabe o que é PMMA?
Antes de mais nada o polimetilmetacrilato (PMMA) é uma resina de base acrílica, biocompatível, não degradável, hoje é o material aloplásticos mais utilizados pelos cirurgiões para reabilitações e estética.
Sobretudo o PMMA é um preenchedor permanente de microesferas sintéticas grandes que não são fagocitáveis e com alta biocompatibilidade.
Sendo assim essas microesferas são diluídas em veículo próprio de colágeno bovino, carboximetilcelulose ou hialuronato de sódio, que são reabsorvidos após alguns dias pelo organismo.
Sendo assim é utilizado em cirurgias estéticas, empregado no preenchimento de sulcos, rugas profundas, cicatrizes, defeitos dérmicos, tecidos moles e ósseos.
O nome químico desse polímero sintético é poli(metil-2-metilpropenoato). Seu monômero é o éster metil propenoato de metila.
O material desenvolvido em 1928 em vários laboratórios, surgiu no mercado em 1933 através da empresa alemã Rohm and Haas.
Biologicamente, o PMMA é considerado inerte e estável. É insolúvel e não se degrada ao longo do tempo.
Agora que você sabe o que é o PMMA vamos entender como ele surgiu.
Você sabe como surgiu o PMMA na estética
Primeiramente no Brasil, o PMMA tem o seu uso aprovado pela Anvisa tanto para fim reparador quanto para fim estético.
Sobretudo com fim reparador se relaciona ao tratamento de pacientes portadores de HIV com síndrome lipodistrófica, que altera a distribuição adequada de gordura subcutânea.
Já para fim estético, entrelaça-se com procedimentos que visam mitigar os efeitos visuais indesejados do envelhecimento.
Na década de 80 realizaram os primeiros estudos clínicos de PMMA como preenchedor dérmico, inicialmente utilizado para conformidades do sulco nasolabial, rugas profundas e para aumento dos tecidos moles.
Contuso é um dos primeiros produtos à base de PMMA desenvolvido pelo médico americano Robert Ersek e recebeu a denominação de “Bioplastique”.
Contudo neste período iniciaram as técnicas de implantes para preenchimento subcutâneo, criada por Gottfried Lemperle a primeira formulação de PMMA disperso em colágeno para fins de preenchimento.
Em 1992 o cirurgião plástico brasileiro, Dr. Almir Nacul, começa a explorar o produto e as possibilidades de uso do PMMA como preenchedor dérmico em um plano mais profundo e até intramuscular.
Assim, Dr. Almir Nacul é penhorado como o precursor no Brasil da técnica hoje conhecida como bioplastia.
Utilizações do PMMA
PMMA é constituído de um polímero de alto peso molecular, o procedimento é realizado em ambiente ambulatorial com anestesia local, de recuperação rápida e com resultados imediatos.
Para aplicação do PMMA não há a necessidade de internação, permitindo a volta do paciente as suas atividades diárias em curto espaço de tempo.
A aplicação do PMMA é realizada por micro cânulas e pistola, liberando microesferas que variam de 4 a 8?m de diâmetro em modo profundo.
Assim, o produto injetado estimula a neocolanogênese e neovascularização induzidas pelo padrão inflamatório da reação ao corpo estranho injetado.
Todavia o uso crescente do PMMA em procedimentos estéticos pode justificar pelo baixo custo e facilidade de aplicação.
No entanto, há inúmeros casos de eventos adversos relativos à aplicação de PMMA em procedimentos estéticos.
Tendo em vista que o organismo possui macrófagos (15 a 25 micrômeros), cujo papel é realizar a fagocitose e reabsorção destes compostos injetáveis.
O PMMA por sua vez, sendo um conjunto de esferas que possuem 50 micrômeros de diâmetro, não é reabsorvido, mantendo-se inerte no local implantado.
Assim, a maioria dos materiais biológicos são reabsorvidos no período de um ano, enquanto os materiais sintéticos, até o momento, vêm mostrando efeitos colaterais como migração, formação de granuloma e reação alérgica tardia.
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Complicações do uso do PMMA
As complicações podem aparecer na forma de granuloma, quando a aplicação é superficial.
Há dois tipos de complicações granulomatosas: as produzidas por defeito ou falta de técnica do aplicador e as promovidas pelo produto propriamente dito.
Telangectasias também podem ocorrer em pacientes com pele fina, mas normalmente desaparecem em seis meses.
Para fins estéticos, entretanto, o seu uso indiscriminado mereceu alerta público do Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2006 devido à aplicação sem embasamento científico, por profissionais não qualificados, e propaganda fantasiosa e exagerada da técnica conhecido por “bioplastia”.
Dentre as complicações do PMMA, podemos citar necrose, granulomas, reação inflamatória crônica, complicações em lábios, infecção.
A necrose é sempre uma complicação aguda, enquanto as complicações inflamatórias podem ocorrer muitos anos após a injeção.
Além disso, fica o alerta sobre a preocupação com complicações graves, que, além de permanentes, muitas vezes são intratáveis.
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